Situado junto à Plaza Mayor de Madrid, era inicialmente um mercado ao ar livre, dedicado à venda de peixe. É mencionado em junho de 1835 no Diário de Avisos de Madrid, dirigido por Mesonero Romanos, a respeito da possível construção de vários mercados. As obras de conversão em mercado coberto, dirigidas pelo arquitecto Alfonso Dubé y Díez, começaram em 1913 e terminaram três anos depois, em 1916. Foram utilizadas as técnicas mais avançadas da época para garantir a solidez da estrutura e também a saúde e segurança do mercado. o isolamento do interior: vigas de ferro fundido como suporte e vigotas do mesmo material para montagem da cobertura, que também contava com persianas para garantir a circulação constante do ar, divisórias para separar as baias, plataforma com espaços de ventilação, e um piso subterrâneo destinado a armazém. A segunda grande transformação do mercado veio com o século XXI. Declarado Bem de Interesse Cultural em Dezembro de 2000 e após seis anos de obras, o novo Mercado de São Miguel reabriu as portas ao público em 2009, convertido num mercado vanguardista, repleto de utentes e turistas ansiosos não só por partilhar a miríade dos produtos oferecidos, mas sim contemplar um espaço histórico ouvindo ecos de lugares do passado numa obra de arte pronta para viajar com passos firmes neste novo século.