Na verdade, conhecemos o café Varela da rua Preciados desde 1884, data em que Silvestre Díaz Varela abriu as portas de um estabelecimento que mais tarde ofereceria montras não só na rua Preciados, mas também na rua Veneras, e acabaria por se tornar um espaço acolhedor onde se reuniam a nata de várias gerações de escritores e artistas. De suas famosas tertúlias participaram os irmãos Machado, Pío Baroja, Miguel de Unamuno e o poeta Emilio Carrere, que escreveu grande parte de sua obra nas mesas do café, e que recebe a merecida homenagem de uma placa comemorativa no atual café. Depois de um breve hiato durante a Guerra Civil, ali voltariam os encontros com figuras como Antonio Mingote, Rafael Azcona e Gloria Fuertes. A música também teria o seu lugar no café Varela, onde no final dos anos quarenta e durante os anos cinquenta eram frequentes as actuações ao vivo: a voz de Olga Ramos, por exemplo, era comum no estabelecimento. O antigo café Varela fechou como tal no final dos anos cinquenta, mas reabriu recentemente as portas como cafetaria e restaurante, com aquela mistura de memórias, sabor antigo e moderno, para fazer as delícias dos clientes que cruzam a sua entrada.