A arte de costurar histórias Foi no número 28 da Cava Baja onde a Sastrería Cornejo iniciou o seu percurso em 1920, quando Humberto Cornejo e sua esposa Gabina Olivar receberam como presente de casamento uma pequena coleção de fantasias que começaram a alugar a particulares. No final da década de 1950, o produtor Samuel Bronston desembarcou em Madrid e a Sastrería Cornejo viveu um período de esplendor em que quintuplicou o seu stock de roupa, graças a títulos como Orgulho e Paixão, El Cid, Taras Bulba, 55 Dias em Pequim, Lawrence da Arábia, Um Punhado de Dólares, Doutor Jivago ou Chimes at Midnight, para citar alguns. Grandes estrelas como Charlton Heston, Ava Gadner, Sofia Loren e John Wayne apareceram vestidos de Cornejo. Nas décadas seguintes consolidou-se o mercado internacional, além do teatro e do campo cinematográfico espanhol. Destacam-se títulos como Nicolás e Alexandra, Duna, O Hussardo no Telhado, Vatel, O Cachorro na Manjedoura, Shakespeare Apaixonado, A Menina dos Seus Olhos, Gladiador, Alatriste, Ágora, Elisabeth, A Favorita ou Enquanto Dura a Guerra. Participou de produções premiadas, tendo conquistado 13 prêmios Oscar, 27 prêmios Goya, 12 prêmios César e 7 prêmios BAFTA até o momento. Hoje é Humberto Cornejo de la Cuesta, terceira geração, que junto com seus filhos, Paula e Humberto, continuam a dirigir o negócio de alfaiataria. A sede mudou em 2001 para um novo edifício de quatro andares na rua Rufino González, e conta com mais de 15.000 m2 de instalações, com armazéns nos arredores de Madrid que albergam mais de 1.000.000 de fatos, calçado e acessórios. Além disso, nas suas oficinas são confeccionados artesanalmente todos os tipos de peças de vestuário adaptadas a cada projeto